PS invoca "estabilidade" e rejeita "agenda radical e experimentalista" da direita
O PS apresentou ao final da manhã desta terça-feira a moção de rejeição ao programa de governo PSD-CDS, assegurando que "estão criadas as condições para a formação de um governo" de sua iniciativa. Um executivo "estável, responsável, coerente e duradouro, na perspetiva de uma legislatura", pode ler-se no texto socialista, entregue pelo líder parlamentar, Carlos César, na mesa da Assembleia da República.
Ancorando-se no acordo que vai ser firmado ainda esta tarde com BE, PCP e PEV, o documento sublinha que existem "condições de estabilidade na perspetiva de uma legislatura com a garantia de não aprovação de eventuais moções de rejeição ou censura da iniciativa do PSD e do CDS".
E o partido liderado por António Costa vai mais longe ao garantir a "existência de condições de governabilidade com a apreciação conjunta dos instrumentos fundamentais de governação, designadamente os Orçamentos do Estado".
Na justificação para o chumbo ao programa do governo chefiado por Passos Coelho, os socialistas constatam que o documento traduz a intenção de PSD e CDS manterem as "opções políticas dos últimos quatro anos, confirmando a impossibilidade de construção dialogante de qualquer modificação substancial de rumo", falando mesmo numa "agenda radical e experimentalista" da direita.